Ainda
no avião, quase chegando na Cidade do Mexico meu filho reclamou de dor de
barriga e começou a ir ao banheiro com diarreia. No aeroporto o pai correu pra
farmácia e saiu de lá com um “pedialite” local e um remédio contra infecção
intestinal, algo como floratil + imosec.
As
idas ao banheiro continuaram até o dia seguinte mas ele se recuperou super bem.
Ponto para a farmácia e para os remédios mexicanos!
E
aqui, um parêntese para contar que existem farmácias enormes que são uma
espécie de loja de conveniência; e outras que contam com consultórios médicos
gratuitos dentro delas.
Já
consultamos um desses médicos, no caso era uma médica, que nos pareceu muito
eficiente.
Em
outra ocasião, levei meu filho ao medico achando que tinha uma gripe forte.
Marquei uma consulta pelo telefone, em um centro médico que haviam me dito ser
muito bom, o Hospital de Especialidades que fica em Puerta de Hierro, ao lado
do Shopping Andares (esse shopping vale outro post, claro!).
O
medico era jovem, falava inglês e perguntou tudo sobre a saúde da nossa
família, sobre os hábitos, remédios, etc. No fim, apresentou um diagnóstico de
crise alérgica e deu ao menino um tratamento muito parecido com o que o meu
medico havia me dado no Brasil, quando tive uma crise alérgica terrível. Gostei
do atendimento e o preço é razoável, $600,00, cerca de R$ 100,00.
Em
outra vez, levamos nossa filha, também com sintomas de gripe e dor de garganta.
Alguns amigos nos indicaram outro pediatra e também gostamos muito. É um senhor
que atende em um consultório com móveis pesados em madeira entalhada,
brinquedos espalhados na sala e quadros de paisagens nas paredes.
Também
falava inglês e nos explicou o que ela tinha – um vírus – e também fez várias
perguntas e um exame geral. Ele até nos atentou para um leve “pé chato” que ela
tem e nos aconselhou a procurar um ortopedista para evitar problemas futuros.
Perguntou se queríamos indicação e nos deu um nome.
Na
hora de medicá-la, nada de antobióticos como os nossos médicos plantonistas
adoram receitar. Receitou um anti-histamínico e explicou que a tosse é um
mecanismo de defesa do nosso organismo e que o vírus também é expulso pela
tosse, portanto, ele não ia dar nenhum remédio para cortar a tosse.
Em resumo,
pelo pouco que já conhecemos, parece que os médicos daqui são mais “holísticos”
que os médicos brasileiros. Talvez porque ganhem melhor e tenham tempo de
tratar os pacientes com mais atenção. E isso porque ambos os médicos atendem
“convênios”.
Uma curiosidade
é que os médicos em geral, nas placas de seus consultórios ou nos papéis dos
receituários, colocam o nome da universidade em que se formaram.
Pelo
que eu pesquisei, não há muitas faculdades de medicina, mas as que existem são
muito boas. E há muitos convênios para que se especializem nos EUA.
Ah!
Voltando às farmácias, ainda não saquei exatamente como funciona cada uma.
Parece
que uma só vende remédios de fabricação própria , outra vende de
tudo (olha a foto acima), mas nunca tem nada (aquele lance: “tem, mas acabou”),
umas retéem a receita de antibióticos, outras não.
Mas
uma coisa é certa: é possível comprar remédios como Prozac, Daforin e
insulinas, sem receita médica. (Hehehehehe, conheço muita gente no Brasil que
vai me mandar e-mails pedindo pra comprar umas droguitas e mandar pela
família,kkkkk.)
Os
preços são bem parecidos com os brasileiros, mas reconheço que o Brasil está
mais socialmente correto quando utiliza políticas como a Farmácia Popular e
quando vende remédios subsidiados para doenças de base crônicas (pressão alta e
diabetes).
Aqui
no Mexico, mais da metade da população tem algum tipo de diabetes (pré-diabetes,
tipo 1 ou tipo2); e como consequência da diabetes mal tratada, a hipertensão na
população também é alta. Mesmo assim, não soube de nada que ajude a população a
se prevenir ou a se tratar – aliás, muito pelo contrário, e depois eu
explico...
No
meu caso, que compro metformina todo mês, vou gastar o triplo do que gastava no
Brasil. (Essa é a hora que EU peço pra comprarem no Brasil e me mandarem os
remédios....).
Ah! Curiosidade:
os remédios que compramos vem com uns medidores “sui generis”. Um deles era uma
espécie de colher e tinha medidas tipo “uma cucharada” (1 colherada) e começava
com 2,5 ml porém a dose para a Isabela era de 2ml. !?!
Outro
medidor, o da foto, tem que ser inserido totalmente dentro do vidro do remédio (sim
vidro, não é plástico). E esse medidor não pode ser desmontado, então a lavagem
dele é relativamente...ineficiente. Totalmente diferente do que encontramos no
Brasil, que são seringas cujos bicos são encaixados na boca do recipiente, sem
tocar o remédio que fica (tem a foto também).
Vou pesquisar melhor esse lance de farmácias e também sobre a saúde da população. E se valer um post novo, eu escrevo.
Saludos
y Salud , para todos !
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